‘Robô Selvagem’: Nova animação da DreamWorks eleva corrida das animações pelo Oscar

Adaptação da série de livros de Peter Brown é comandada por Chris Sanders, diretor de Lilo & Stitch e Como Treinar o Seu Dragão

Por: Aline Miranda

Reprodução / DreamWorks Animation e Universal Pictures

A relação entre ser humano e máquina é tema de muitos filmes, que retratam futuros, agora, nem tão distantes assim. Porém, nenhum “filme de robôs” traz uma visão tão sensível sobre tecnologia e meio ambiente, como “Robô Selvagem”, nova animação da DreamWorks Animation.

A épica aventura acompanha a jornada de uma robô – a unidade ROZZUM 7134, “Roz” – que naufraga em uma ilha desabitada e precisa aprender a se adaptar ao ambiente hostil. Para isso, Roz passa a conviver com os animais, aprendendo sobre a vida na selva e os modos de sobrevivência na natureza. É assim que a robô acaba adotando um filhotinho de ganso e define como sua principal missão, cuidar dele e garantir que ele aprenda as habilidades necessárias para se juntar aos outros gansos na época da migração.

Baseado na série de livros The Wild Robot de Peter Brown, premiado e best-seller do “New York Times”, o filme tem roteiro e direção de Chris Sanders (Lilo & Stitch e Como Treinar o Seu Dragão).

O roteiro envolvente ganha o espectador ao não se prender ao convencional e dar um rumo inesperado para a história, com vários plot twists (reviravoltas) que conectam o público cena após cena.

Com um visual incrível, a animação em 3d une elementos estilizados, que se aproximam de algo quase como uma mistura 2d somados a traços de animes japoneses, explorando faces sólidas e texturas, com cenas que parecem pinturas em movimentos.

É nesse cenário deslumbrante onde os personagens se desenvolvem. Cada um deles é tratado de maneira única, sendo muito bem trabalhados com suas particularidades aprofundadas. Eles não ficam na mesmice e rompem com o esperado. Roz (Lupita Nyong’o) não é apenas uma robô, mas uma “Robô Selvagem”. Bico-Vivo (Kit Connor) não é apenas um ganso órfão, mas um “Ganso adotado por uma Robô”. E Astuto (Pedro Pascal) não é apenas uma “Raposa Astuta” como o próprio nome já diz, mas sim uma raposa que se torna amiga de Roz e um tipo de pai para Bico-Vivo.

“As vezes precisamos ser mais do que fomos programados para ser”.

A versão brasileira contou com Elina de Souza e Gabriel Leone na dublagem dos personagens Roz e Bico-Vivo. Porém, fez uma aposta perigosa para o personagem Astuto. Escalado para o papel, Rodrigo Lombardi já deu vida a Nick Wilde, a famosa raposa de Zootopia (Disney – 2016). É impossível não reparar nas semelhanças dos personagens logo nas primeiras cenas do filme, entretanto, mais uma vez, Rodrigo Lombardi se saiu muito bem no papel, provando que é a melhor opção para dublar raposas astutas em animações.

A trilha sonora de Kris Bowers marca início da carreira do compositor no universo das animações, com canções que transformam a atmosfera do filme de acordo com o desenrolar das cenas.

“Robô Selvagem” elevou a corrida das animações pelo Oscar, entregando uma obra-prima com novo olhar sobre a tecnologia e a natureza, e uma reflexão sobre romper barreiras e ultrapassar limites.  

Confira o Trailer Oficial de “Robô Selvagem”

*Imagens: Reprodução / DreamWorks Animation e Universal Pictures

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